terça-feira, 25 de março de 2014

DEUSA BAST - A DEUSA GATA



A LENDA

Dizia a lenda que a Deusa Leoa Sekmet, após ter dizimado parte da humanidade, fora apaziguada e se transformara numa gata mansa. A terrível leoa bebedora de sangue se transformou em Bast, a gata bebedora de leite.

A Deusa egípcia com cabeça de gato, Bast, era uma divindade estritamente solar até a chegada da influência grega na sociedade egípcia, quando se tornou também uma Deusa lunar devido aos gregos que a associaram a Artemis. Datando da 2a. Dinastia (em torno de 2890-2686), Bast foi retratada orginalmente como uma gata do deserto selvagem e também como uma leoa e só foi associada a felinos domesticados por volta de 1000 a.C. Ela foi comumente equiparada a Sekhmet, a Deusa Leoa de Memphis, Wadjet e Hathor. Bast era a "Filha de Rá", uma designação que a colocou no mesmo patamar de Deusas como Maat e Tefnut. Adicionalmente, Bast era considerada um dos "Olhos de Rá" enquanto o outro olho era atribuído a sua irmã Sekmete.


Bast é freqüentemente representada como uma gata ou como uma Deusa com corpo de mulher de cabeça de gata, portando um sistro, um Ankh, ou um bastão de papiro. Quase nunca é mostrada em aspecto humano total.
Conhecida primeiramente como A Gata Selvagem ao longo das margens do Nilo, ou A Gata do Deserto, Bast a princípio não era representada como uma gata doméstica, forma que lhe fora atribuída em períodos mais recentes.
Para os egípcios os gatos representavam o Sol, a Rainha e também a Lua. Encontramos inúmeras representações do gato sagrado do Deus Rá comendo a serpente das sombras. Em razão disso, Bast passou a ser considerada a Deusa protetora do Faraó, além de a Grande Vingadora.


Em anos mais recentes, Bast foi associada a outros Netjer (Deuses egípcios antigos), como Het-Heret (Hathor) e Aset (Íris). A associação a estas duas Deusas lhe foram atribuídas devido aos seus atributos (música, sensualidade, fertilidade e artes). Por este motivo, o papel de Bast começou a mudar, e se estendeu também para a protetora das mulheres, crianças e famílias. Neste momento, o papel do gato no Egito Antigo também começou a mudar para um parceiro mais doméstico, o que conferiu um estigma mais suave a Bast.
Depois, em tempos helenos, o nome Bast foi associado a Ísis: (Ba-Aset) Ba = alma/Aset = Ísis (Bast = alma de Ísis).


O culto a Bast já era praticado na 1a. Dinastia. Ela hora homenageada com longas procissões à luz de tochas e com mistérios sagrados, como a Deusa da Magia e Tecelagem, Aquela que não nasceu, mas gerou a si mesma. Os egípcios celebravam o banquete de Bast com músicas alegres, dança e bebida numa esta de alegria e prazer total, onde seus adoradores balançavam um sistro durante a celebração para homenageá-la.
Os gregos compararam Bast com Diana e Ártemis e Hórus com Apolo; por isso Bast foi incluída posteriormente nos mitos de Osíris-Íris como sua filha (essa associação, porém, nunca foi feita antes da chegada da influência helênica ao Egito). Ela é considerada a mãe do Deus com cabeça de Leão Mihos (que também foi adorado em Bubástis, com Thoth).
Bast também está ligada a Sekmet, e em tempos modernos, Bast e Sekmet passaram a ser


Deusas gêmeas, faces de uma mesma moeda. As lendas dizem que Thot teria apaziguado a voracidade sangüínea de Sekmet, dando-lhe cerveja para beber em vez de sangue (outras versões dizem que ele lhe deu leite). Sekmete então se transforma em Bast, a Deusa dos festivais, da sensualidade e da bebedeira. Juntas, as irmãs gêmeas formam o conceito do "Yin/Yang" da religião egípcia: Bast como a força positiva de natureza amorosa e apaziguadora, e Sekmet como a força destrutiva e sanguinária.



O fogo estava associado a Bast e Sekmet. Enquanto Sekhmet representava o aspecto negativo-devorador do fogo do deserto (o Sol), como o olho de Rá que queima e executa, Bast representava os aspectos regeneradores do Sol, como o olho de Rá que aquece e traz fertilidade. Bast não era apenas uma divindade associada ao Sol, mas também à Lua, isso porque ela é uma Deusa egípcia vinda do Oriente (leste) e tanto o Sol quanto a Lua nascem no leste e morrem no oeste. A Deusa Bast, por seu parentesco com a Lua, insere-se no mundo unitário do Grande feminino. O gato com olhos brilhantes é um animal lunar, daí a relação de Bast com a cor verde e as mulheres grávidas.


Além de estar ligada ao fogo, ela também estava ligada aos grandes volumes de água. Era tida como o céu noturno e aquela que abre os caminhos, levando consigo a chave dos Deuses da fertilidade, a chave dos porões do útero, do mundo interior, da morte e do renascimento.

Outra face popular de Bast, é a sua forma terrestre, um gato preto sentado. Quando ela assume essa forma, passa a assumir o nome de Bastet. É também conhecida como Pasht (em seu aspecto escuro). É identificada com Ártemis e Diana, além de ser o gentil olho do Sol, a Senhora do Leste. Gatos lhe eram sagrados e embalsamados quando morriam. Ela carrega um sistro e uma cesta e normalmente se veste de verde. Deusa do Fogo, da Lua, do parto, do amor, da sexualidade, do êxtase, da fertilidade, do prazer, da alegria, da música, da dança, da proteção contra as doenças de todos os animais que lhe são sagrados (especialmente os gatos). Domina a intuição, a cura e o matrimônio.

Bast é a Deusa egípcia protetora de gatos, mulheres e crianças. Ela é a Deusa do Amanhecer e do Nascimento. Também é a Deusa da Lua e possuidora de Utchat (o olho do seu irmão Hórus).




O CULTO À DEUSA DEUSA BASTET

Bastet, a deusa gata da mitologia egípcia. Protetora  dos gatos, das mulheres, da maternidade, da cura. Era guardiã das casas e feroz defensora dos seus filhos, representando o amor maternal. Tem também grande ligação com a Lua, porque luz e a magia da Lua influencia a todos os felinos. Bastet é uma das esposas de Rá ( deus Sol), com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. É representada como uma Gata Preta, com um brinco e um colar ou uma mulher com cabeça de gato segurando um sistro, instrumento musical sagrado.



Os antigos egípcios representavam os seus deuses com aspecto humano e cabeça animal. Cada deus tem o seu animal sagrado associado e digno de adoração, como se fosse a própria divindade. E tal como os humanos os animais eram também mumificados para assim poderem ser preservados no além. Os gatos eram tão sagrados no antigo Egito, que quem matasse um gato era condenado à pena de morte. Considerando um ser divino, ao ponto que quando um deles morria de morte natural, as pessoas da casa raspavam a sobrancelha em sinal de luto.



O Templo de Bastet era em Bubastis( cidade do Delta do Nilo), cujo nome em egípicio “ Per-Bast” (  significa : “ a casa de Bastet” ), mantinha gatos sagrados que eram embalsamados em grandes cerimônias quando morriam, porque eram considerados como encarnação da deusa.

Bastet, Bast, Ubasti, Ba-em-Aset ou “ Ailuros” , palavra grega para “gatos” e a palavra egípcia para o gato era “ Mau”.

Bastet foi uma das divindades mais veneradas  no Antigo Egito. Nas festas dedicadas à Bastet, as ruas enchiam-se de música, de dança, brincadeiras, com muita comida, muitos doces, mel e vinho. As sacerdotisas de Bastet desciam o rio Nilo, anunciando as festividades em homenagem à deusa usando uma espécie de sino de metal, os snujs. A bailarina purificava o ambiente ao dançar com os snujs espantando os maus espíritos.

O Simbolo do Gato Preto era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua capacidade de cura.





Correspondências :  Invoque Bast para alegria, fertilidade, proteção, expansividade, força, saúde, prazer, sexualidade, amor, proteção contra maus espíritos, proteção de animais.

Símbolos : sistro, Lua, Sol, Ankh, Olho de Hórus.

Dia: domingo.

Cores: verde, laranja, dourado, amarelo.

Aroma: açafrão




Altar para Deusa Bastet 

Deusa Bastet protetora dos lares e da família.
Faça um altar dentro de casa e coloque uma imagem da deusa Bastet e em volta coloque fotos de seus gatos e de sua família (também de seus outros animais de estimação). Sempre que quiser, pode acender uma vela de cor verde ou branca. Peça sempre a proteção e o amor maternal de Bastet, porque ela tem o poder de se transformar em ferocidade quando algum de seus filhos é atacado.




Oração de uma Deusa aos Deuses Egípcios

"Em nome de Rá, Ísis, Osíris, Hórus, Ptah, Thot, Tum, Nut, Anubis, Hathor,
Eu sou BASTET, a deusa dos mistérios da natureza".







Fontes / Referências:

- BUDGE, Wallis. Osiris, The egyptian religion of resurrection. Publisher: University Books, 1961.
- HART, George. The Routledge Dictionary Of Egyptian Gods And Goddesses. 2. ed. Publisher: Taylor & Francis Group, 2005.
- MILLARD, Anne. The Egyptians (Peoples of the past). London: MacDonald & Company, 1975.
- QUESNEL, A et al. O Egito: Mitos e Lendas. Editora: Ática, 1993.
- REMLER, Pat. Egyptian Mythology A to Z. 3. ed. Publisher: Chelsea House, 2010.



terça-feira, 18 de março de 2014

LEÃO / CASA 5 / SOL


        


b      - cauda  do Leão, espermatozóide                               
Leão Rege:  Coração, olhos, coluna, costas, coronárias, doenças do coração, palpitações, aneurismas, angina, paranóia, megalomania.

Ponto vulnerável: pode ser traído pelas costas, para um leonino não é bom dormir de costas para o ar (costas são o captador de energia).

Planeta nos primeiros (1,2 e 3°)  graus de Leão pode mostrar problemas nos olhos.
Planetas com aspectos com a cúspides da casa 6 e 12  mostra problemas de saúde.



Na época de Leão, o fruto está maduro quase pronto para colheita.
Leão tem consciência de si. Pessoa se apresenta de forma dramática e arrogante, luta para ser o centro.  A glória é mais importante que o dinheiro.
Atrai inveja e isto o irrita porque quer ser amado por todos.
Intuitivo e a frente do seu tempo, mas dá importância ao papel social e mantém-se conservador e sente-se bem com a tradição.


Mito de Leão:
Existe um mito moderno de Parcifal, que vivia na floresta somente com sua mãe e não sabia quem era seu pai, um dia encontrou um cavaleiro com armadura brilhante e resolveu segui-lo. Vai a procura de si mesmo deixando o conforto da casa em busca do futuro perigoso, mas maravilhoso.  No meio da floresta tem uma visão vê um castelo envolto em neblina rodeado de ouro onde um rei velho e doente está tirando sangue envenenado de uma ferida de sua perna.  Neste momento aparece uma mulher com uma bandeja, uma espada e uma taça.  Parcifal pergunta o que significa isso uma voz lhe responde que esta era uma pergunta mágica e por isso Parcifal ganharia o castelo e a princesa.
Busca de si mesmo é o que vemos neste mito. Busca carregada de grandeza mítica.
Onde Leão estiver no mapa vai haver rivalidade, vai ter que resolver os problemas voltados para o próprio ego de forma criativa e espontânea.



O Sol doador da vida é o centro do sistema. As forças vitais de cada um são renovadas todo ano quando o sol passa pelo grau do nascimento e influência nas condições físicas e ambientais, quando passa pelo ascendente.
Com o Sol na casa 11 a pessoa valoriza muito os amigos.  Pode por exemplo deixar de ir a aula para resolver os problemas do amigo.
O Sol representa o impulso de identidade, por isso o signo é a mais intima natureza do homem.  O Sol é a fonte de energia, por isso influi na saúde.
O lugar do Sol no mapa indica uma área marcante e criativa onde a vontade é aplicada.
O Sol fraco no mapa pode dar pouca vitalidade, inabilidade em se promover.  Contrai doenças com mais facilidade.
Os aspectos que recebe mostram o grau de consciência que temos na vida atual. Os harmônicos são recompensa, aplicação construtiva.  Os desarmônicos são limitações frustrações e mau uso de energia.
Sol sem aspecto está aprendendo a usar o poder.
O signo onde está o Sol indica o caminho espiritual, a casa indica onde iniciar este caminho.
O Sol fraco debilita o mapa e a casa do sol, mostra as circunstâncias que queremos dominar.



A casa 5 nos mostra nossos prazeres, expressões criativas, ...
Pessoa com planetas na casa 5 tem que ter prazer na vida para ser feliz.
A casa do 1º filho é a casa 5
A casa do 2° filho é a casa 7
A casa do irmão é a casa 3 - parente

Urano na casa 5 a pessoa terá filhos adotados, ter filhos com problemas ou seus filhos serão adotados.
Marte em aspecto com Saturno mostra possível acidente de moto.
A “noite negra da alma” é representada pelo Sol em uma das quatro primeiras casas.

Casa 5 mostra a libido criativa, a vocação;
Casa 2 mostra trabalho que dará dinheiro;
Casa 10 mostra trabalho que traz prestígio.

Pessoa que tem Sol na casa 5 é porque nasceu entre às 8 e 10 horas.



          Sol:
         Anjo:  Miguel
         Número simples: 6 turbilhão
         Cor:  Amarelo
         Aroma: Sândalo vermelho
         Metal:   Ouro
         Pedra:   Crisólito, Pedra-sol
         Sacramento:   Ordens
         Periodo de vida:   Infancia
         Anverso do Talismã:   Círculo
         Reverso do Talismã:  Homem
         Dia da semana:   Domingo
         Neutro





Mitologia de Leão:

Acostumamo-nos às descrições do espécime majestoso e barulhento do folclore popular, e poderíamos facilmente acreditar que esse signo não tem nenhum significado mais profundo além da manifestação extrovertida e exibicionista do vigor da vida.
... no conto de fadas nos leva muito longe do leão convencionalmente frívolo e exibido, para um terreno muito mais místico.
... Leão, regido pelo Sol e conseqüentemente associado ao mistério da individualidade e do caminho “predestinado” da maturação individual, não trata realmente da “criação” de algo que possa ser aplaudido pelos outros.  Num nível mais profundo, parece descrever o  desenvolvimento da essência da pessoa ímpar e da busca de sua origem.  Embora se suponha que Leão seja o signo criativo, regente natural da quinta casa, o exame de um grande número de pintores, poetas, romancistas e músicos revela uma preponderância de Gêmeos, Câncer e Peixes; Leão figura muito modestamente.
...Leão está intimamente ligada à procura que o herói empreende pelo pai espiritual ou pelo valor transpessoal de sua vida.
A história do homem em combate com a besta é o mais velho dos motivos arquetípicos....Num sentido mais amplo, é a batalha entre o ego em desenvolvimento e suas raízes instintivas, que precisam ser  domesticadas para que o indivíduo se torne realmente individual.
O leão também está associado à concupiscência e ao orgulho.  Tem um aspecto inconfundivelmente erótico, daí sua associação a Dioniso e Cibele, mas também é um animal combativo e sugere impulsos agressivos saudáveis, bem como destrutivos.
Essa apaixonada belicosidade é característica de Leão.  Porém, o leão é um estágio de um processo, como sugere Jung; e é esse processo ou padrão que nos leva à esfera do “destino” de Leão.
Se o próprio Leão não captar a importância do processo, a vida tende a ensiná-lo mais ou menos à força que um leão não pode andar solto por aí entre os homens sem algum tipo de retaliação.  Com mais criatividade, o Leão decide empreender sua busca por vontade própria, e é por essa razão que o mito que associo mais intimamente a este signo é a história de Parsifal.
...Historia de Parsifal em busca do Graal, um objeto ou recipiente misterioso, preservador e sustentador da vida, é guardado por um rei num castelo que está escondido ou é difícil de achar.  O rei está aleijado ou doente, a região circundante está devastada ou esgotada; este é o estado de coisas no poema The Wasteland de Eliot, baseado no mito da  busca do Graal.  A saúde do rei só pode ser recuperada se um cavaleiro de visível perfeição encontrar o castelo e, assim que olhar o que lá estiver, fizer uma determinada pergunta.  Se ele deixar de fazer essa pergunta, tudo vai continuar como antes, o castelo vai desaparecer e o cavaleiro vai ter de iniciar de novo a procura.  Se ele finalmente for bem-sucedido, depois de muitas andanças e muitas aventuras, envolvendo principalmente encontros eróticos (porque Leão procura primeiro o seu tesouro no amor, antes de descobrir que o tesouro pode estar dentro dele mesmo), e aí fizer a pergunta, o rei vai recuperar a saúde, a terra vai começar a ficar verde novamente e o herói vai herdar o reino e tornar-se guardião do Graal.
Parsifal começa a história órfão de pai, criado pela mãe num bosque isolado.  Esse início sem pai (ou sem princípio do pai, mesmo que haja um pai físico presente) é algo que tenho visto na vida de muitos leoninos.  O pai ou está ausente ou está ferido num nível mais profundo, e não pode proporcionar o senso de renovação criativa da vida de que o filho ou filha precisam; assim, a criança busca esse princípio lá fora, na forma da aventura de sua vida.
Cinco cavaleiros de armaduras brilhantes vieram cavalgando pela floresta; quando Parsifal os viu, sentiu-se irresistivelmente atraído e decidiu tornar-se cavaleiro.  É claro que a mãe, como Tétis com Aquiles, tentou impedir sua partida, mas Parsifal não pertence à mãe.  Nem ficou emburrado nem se escondeu vestido de mulher; simplesmente saiu sem mesmo dizer até logo.  A mãe imediatamente morreu de dor.  Parece que esse é um rito de passagem necessário para Leão, embora no começo de suas aventuras Parsifal seja desajeitado e malcriado.  Ele é, efetivamente, o rei na forma teriomórfica ou animal, o futuro governante inconsciente, tomado de afeto emocional.
...Por fim Parsifal chegou a um rio profundo, sem nenhuma passagem visível; o destino tinha-o levado ao fim da estrada - ao local de sua tarefa em potencial.  Viu um pescador, que lhe ensinou o caminho para o castelo do Graal, e de repente o castelo surgiu do nada.  O portão abriu-se, pois ele estava sendo misteriosamente esperado e aguardado pelo rei-pescador.  O rei, na história, estava ferido na virilha ou coxa - não podia procriar, visto que sua masculinidade estava prejudicada.  É uma imagem, ligeiramente encoberta, de castração.  Parsifal então teve uma visão de uma espada, uma lança gotejando sangue, uma moça trazendo um Graal de ouro com pedras preciosas, e outra moça trazendo uma bandeja de prata.  Os estudiosos do tarô reconhecerão nesses quatro objetos sagrados naipes de copas, espadas, paus e pentágonos, e os estudiosos de Jung reconhecerão a quaternidade que simboliza a inteireza do Self.  Enquanto esses quatro objetos sagrados passavam, Parsifal não ousou dizer nada.  Foi para a cama,  e ao acordar o castelo estava deserto.  Saiu e encontrou outra mulher que lhe falou do seu recente fracasso.  Se ele tivesse perguntado: A quem serve o Graal, o rei teria sido curado, e a terra renovada.  Ao se deparar pela primeira vez com seu destino, Parsifal, como se diz, estragou tudo.  Só tornou a achar o castelo depois de atingir a maturidade e a compaixão necessárias.
Acredito que essa ingênua  falta de jeito seja parte integrante do Leão jovem ou imaturo, assim como a condição de orfandade; entretanto, apesar dessa falta de jeito, é o escolhido do destino para ter a visão do Graal antes de estar pronto para entendê-la.  O que quer que seja o Graal - um senso de destino pessoal, o sucesso precoce, a espiritualidade jovem - parece que chega cedo para o Leão, não através do esforço, mas muitas vezes através dos dons naturais e da intuição deste signo.  Mas em seguida ele se perde, porque o senso de seu significado ainda não foi aprumado, e o ego reivindica para si o sucesso.  Portanto, é preciso que ele seja encontrado novamente na consciência, em geral por meio de muita dificuldade.
...Um dos dilemas de Leão - no brilho e nobreza de suas aspirações, ele não permite a entrada da sombra inferior, de sua própria humanidade imperfeita.  A sombra rejeita revida do inconsciente por meio dos efeitos desintegradores do erotismo incontrolável.
O mais profundo impulso de Leão é a procura do Self, do valor central da vida - que, em temos míticos, é a mesma coisa que a procura do pai.
O pai de Leão é o radiante doador de vida, adorado por milênios como o sol.  É o Deus mais piedoso do Novo Testamento, cujo abundante fluxo de compaixão é personificado na imagem do Graal.
...Dessa forma, Leão, geralmente apresentado como um extrovertido exibicionista, é interiormente motivado por um impulso profundamente espiritual.  O Leão individual, entretanto, pode continuar sendo para sempre o Parsifal, inconsciente do significado de sua existência e incapaz de formular a pergunta.
...Última imagem mítica relacionada com Leão: Apolo, o deus do sol. Apolo é o grande curador e purificador. Tira a poluição da realidade corporal e devolve o homem impuro ao estado de graça.
...Na minha interpretação psicológica, Apolo é uma imagem do poder da consciência, assim investido pelo Self, que quebra a “maldição” e purifica o impuro, libertando a pessoa das “barreiras sobrenaturais” surgidas do escuro mundo do inconsciente.  É o poder do ego em toda a sua glória, o vencedor da batalha com a serpente Píton do inferno, o veículo de Deus como realização humana.  É a ele que as pessoas oram quando precisam de visão clara, pois sua flecha penetra até no mais sombrio dos problemas, e sua música aquieta o coração confuso e agitado.






A quinta casa - Criação


Passada a noite negra da alma (casas 1, 2, 3 e 4), surge a mansão libertadora (casa 5), onde o homem livre do passado sombrio, encontra força e apoio na libido criativa.  De criatura passa a criador, e no abraço arquétipo do sol-deus, abrange em si próprio o sistema solar.

O Leão representa uma carta de força física e a casa 5 uma casa de criação física.

O Leão pode ser verde, uma energia da natureza antes de purificada e sujeita ao desejo; vermelho, representado pela força sexual, porém já debaixo de rigoroso controle e por fim o leão velho, significando a consciência purificada.

A quinta casa é emocional em sua primeira fase recém nascida da noite negra, racional em sua fase de domínio e poder criativo, e transpessoal, mesmo divina, em sua fase de direção a grande alma.

A quinta casa traz a responsabilização pela criatura solar que potencialmente existe em cada um de nós, e pela criatura lunar que, a partir de cada um de nós, irá prolongar seu calvário individual na terra.

Ultrapassada a prova do inferno consciente, abre-se, se 120 a 150 graus um novo sistema solar, pois que há, a partir dali, uma nova existência e o desenvolvimento de uma nova personalidade integrada com a dor e o sofrimento da quarta casa, mas disposta a ultrapassar os limites do reino animal humano e se dirigir para o reino cósmico.

O conflito ocorre na quinta casa quando a alma se torna engrandecida por ser filho do homem, ou quando o ego se torna esquecido daquele fato, mas pela pujança do signo e pela força da libido.


A quinta casa é a mansão da alma, pois ali há um Homo Erectus no uso e gozo de sua mente, com um potencial criativo e amoroso.  Ali a grande alma solar é iniciadora da personalidade.  Ali existe a faculdade divina geradora da liberdade pura.

Na quinta casa vemos que cada ser em evolução, além das diferentes encarnações, pode engendrar novas causas, criar novos estados, estabelecer novos contatos, explorar novos horizontes.  Seria então uma espécie de livre arbítrio, concedido na quinta casa por ser ali um sítio de liberdade, opção, reorientação.

Ali, na quinta casa, estão os projetos da humanidade através do homem.  A iniciação ocorre na quinta casa depois do estágio da terceira e das provas da quarta.


O Sol nessa casa concentra energia em excesso.  Consideremos o homem terrestre, fatigado pela labuta diária e que no período da quinta casa ( 20:00 às 22:00) recolhe-se a cama e, impregnado pela força leonina se entrega a faina procriadora.  O Sol na quinta, não só fértil, mas carrega a luxúria do desejo primário, da cama, da ardência, do calor, da liberação.

Por ser um símbolo masculino o Sol na quinta, pode ser difícil para a mulher dificultando a gestação de algum modo,  sobretudo se a lua está em signo magnético.

A Lua na quinta casa é de qualquer maneira, em qualquer signo, fértil mesmo no estéril signo de Leão.  Contudo a menor irritação da Lua causa a síndrome da rejeição e um elenco enorme de dificuldades.  O astroterapeuta deve prestar atenção a Lua aflita na quinta e trabalhar orientando-se por uma visão esotérica, pois pode existir uma situação típicamente relacionada a um fluxo sequencial de reencarnações de mulheres com medo ou receio inconsciente da maternidade.  Há que se procurar também saídas na casa oposta.

Bem mais problemático e de grande expressão psicofísica é a presença do signo interceptado, quando os valores do subconsciente atuam de forma tão intensa que ocorre, via de regra, forte inibição no explosivo conteúdo criador.  O nativo pode então se expressar de maneira neurótica, com dificuldades nas questões de filho e família e nas atividades sexuais.

O astroterapeuta deve trabalhar a quinta casa no campo eletromagnético, técnica pouco conhecida nas terapias tradicionais e citada por Ramatis em “vida no planeta Marte”


Os planetas pessoais, Mercúrio, Vênus e Marte, acentuam, à nível de exigência cármica, a necessidade de criação terrestre de egos.  São indicativos de que deve haver experiência, com a quantidade necessária.

Mercúrio irritado com a Lua é sinal de desgosto.  Marte irritado é  sinal quase certo de aborto ou intensa dificuldade na passagem, pior ainda se a cúspide também for leonina.

Os planetas maiores indicam criatividade ao contrário dos pessoais, que indicam criação.  Saturno, em geral, vai levar a energia da criatividade para áreas educacionais.  O ensino e as crianças são prioritários, e Urano, mais ainda, conduz a energia a planos mentais, áreas literárias e científicas.  Netuno propõe o campo da metafísica e os processos filosóficos, místicos, ocultos, psicológicos como expressão da força leonina.  Mesmo irritado, Netuno propõe solução através da técnica iniciática.

Plutão acentua compulsivamente a necessidade de ser alguém.  No entanto a chave está em fazer alguma coisa, a fim de que não se liberte no outro, pois, via de regra, Plutão pode dirigir a energia para estar com alguém, amante, intimo, criança, para mais aprender sobre si próprio.  O elemento compulsivo deve ser trabalhado até a extirpação.

O nódulo impõe a prova de sair do passado, de sonhos fantasiosos, e decididamente ingressar na realidade da criação.  A imaginação se torna viva uma vez disciplinada.

Em muitas passagens vemos a quinta casa associada ao arcano XI - A Força.





quinta-feira, 6 de março de 2014

CÂNCER / CASA 4 / LUA




afluxo e refluxo das marés; seios como instinto maternal; 

pontas viradas para colher recursos e nutrir seus filhos;
união do espermatozóide e o óvulo.

Câncer rege: os líquidos, estomago, pâncreas, seios, baço, aparelho digestivo e útero.

Doenças:  distúrbio hormonal, retenção de água, gânglios, epilepsia, disritmia, alcoolismo, sinusite, catarro, alucinações, histeria, gastrite e úlcera.



Câncer é a estação das frutas que precisam ser bem cuidadas.

Onde  o signo de Câncer estiver no mapa (casa) você precisa de ajuda de outra pessoa, ter muito cuidado porque esta casa será muito emocional.

Para Câncer, Deus fala em diversas vozes dependendo da necessidade do momento, ouve coisas,  tem visões, não é mau a menos que seja dominado por medos irracionais, vindos de uma emoção mal resolvida.
Vida emocional dupla, profundidade, reserva interior. Ouve os segredos mas, não conta os seus.
Força por traz dos panos. Ambição de ser famoso, popular, trabalhar na televisão.
Apega-se a comida e ao dinheiro é afetuoso, é diplomata embora tenha grandes perdas de humores, senso de publicidade, quer ser notado é um ator nato para se proteger.
Como o caranguejo, prefere agir rodeando as situações ou em movimento regressivo embora persistente.
Ciumento, possessivo e absorvente.
Muita necessidade de ser amado. Não está relacionado como o criar. Cria pouco. Está sempre pedindo ajuda. Cria tabus.



Mitos de Câncer: Ciclos - mãe da terra, adorada para dar boa colheita; festa da páscoa quando é celebrada a ressurreição, a volta a vida após o inverno. O ovo cósmico.

Lua - a Lua é a mulher do Sol e filha ou irmã . Sua figura mágica despertava os mortos e transformava metal em ouro.  Protegia as crianças, o parto e a agricultura.  Entre os Gregos aparecem concedendo prosperidade material e presidindo os encantamentos e a magia.  Tornando-se terrivelmente feiticeira.
A posição da Lua no mapa indica em que condições chegamos a vida.  Se nos sentimos bem no planeta e no ambiente que vivemos.  Indica onde se reage com emoção e automaticamente.  É onde se precisa de respostas.
No mapa da mulher o signo da lua mostra como é sua reação instintiva. Como será como mãe.
Já no mapa dos homens como ele reage com as mulheres.

O planeta que fizer aspectos mais próximo com a Lua é como será a mulher que se casará. No mapa da mulher é o aspecto mais próximo do Sol.



As Reações de:
Mercúrio - este livro é azul;
Lua - este livre é azul da cor dos olhos do meu último namorado;

Na casa onde a Lua cai é onde a pessoa tem a tendência a se curvar, se adaptar é onde somos sensíveis a influência de uma outra pessoa, é onde somos mais facilmente moldados e restringidos por padrões e valores. Não temos independência. É a posição onde estamos mais aptos a encontrar situações duvidosas.

Idades da casa 9 - 12 anos, 24 anos, 36 anos


Lua:
         Anjo:  Gabriel
         Número simples: 9 
         Cor:  Branco
         Aroma:   Aloés, Sândalo branco, Âmbar e Cânfora
         Metal:   Prata
         Pedra:   Cristal, Pérola, Coral branco
         Sacramento:   Batismo
         Periodo de vida:   Começo da juventude
         Anverso do Talismã:   Lua (signo)
         Reverso do Talismã:  Cálice
         Dia da semana:   Segunda-feira
         Neutro



Mitologia :
A constelação de Câncer é a figura mais modesta do zodíaco.
A cúspide da quarta casa do horóscopo, que é a casa natural de Câncer,  é associada, há muito tempo, ao fim da vida; aqui ela é também imaginada como o começo, pois é  o ponto do Sol à meia-noite, quando o velho dia morre e um novo dia nasce.
O mito grego do Caranguejo coloca-o mais decididamente no reino da Mãe.  O Caranguejo aparece na saga dos Trabalhos de Héracles, principalmente durante a batalha do herói com a, Hidra, o monstro de nove cabeças de serpentes que estava destruindo os campos de Lerna.  Durante a luta, todas as criaturas vivas ficaram do lado de Héracles, mas do pântano onde vivia a Hidra saiu rastejando um imenso caranguejo, enviado pela deusa Hera para derrotar o herói, seu inimigo.  O Caranguejo agarrou Héracles com as pinças, mordendo seus pés e tornozelos; essa manobra, mais ou menos característica de Câncer (usa da astúcia típica de Câncer, agarrando os pés em vez de enfrentar o herói diretamente), quase fez o herói perder sua batalha.  Mas no fim Héracles pisou no caranguejo e o esmagou.  Hera honrou-o por obedecer suas ordens e promoveu-o aos céus.
... duas dimensões de Câncer: A Mãe Terrível que procura deter o controle sobre a individualidade nascente, e  o Pai Divino que é a fonte da vida e que a pessoa almeja.
... o oceano do inconsciente coletivo - que mata, casa e se impregna para sempre.  Câncer representa esse ventre materno, mas não é unicamente materno.  Também é uma união entre os opostos masculino e feminino, os Pais do Mundo unidos em eterna coabitação.  Acredito que Câncer é  tanto como o começo da vida antes da separação física e do nascimento, como o fim da vida quando a alma mais uma vez se funde com o Um.
O fado de muitos cancerianos não terem filhos de verdade, ou precisarem deixar esses filhos partir, parece um destino triste, porém necessário, para que o significado mais profundo do mito possa manifestar-se na vida e para que o Pai divino possa tornar-se um conteúdo interior.
No mito grego, o reino oceânico que é a fonte da vida pertence à deusa do mar Tétis.  Ela é ao mesmo tempo a benéfica doadora da vida e um monstro;...  Tétis é, portanto, a Criadora.  Seu nome vem da palavra tithenai que como daimon, e também como moira, significa “dispor” ou “ordenar”.
...Mas Tétis não é apenas Deus, ela é a própria água, e existiu muito antes do Javé bíblico, contendo em si profundidades masculinas e femininas, semente e ventre combinados.
... O ato de amarrar o velho do mar e esperar pacientemente a sua mutação em todas as formas concebíveis de bestas e monstros sugere um importante aspecto do processo criativo - o artista precisa agarrar-se a uma coisa inefável que escapa e se transforma até emergir como imagem estável.  Também sugere o processo analítico, onde é preciso agarrar com firmeza as cambiantes imagens dos sonhos e fantasias até que produzam um significado assimilável pelo consciente.
... Esse monumental esforço por parte de Câncer é, freqüentemente, o ato que libera o potencial da imaginação criativa.  Mas existem outros tantos cancerianos, talvez mais, que escolhem o segundo caminho, e continuam a vida inteira próximos do conforto da Mãe, sacrificando qualquer potencial que poderiam realizar...  a experiência que Câncer tem da mãe é de uma trava que o segura.
...Parece que isso também é uma faceta de Câncer: nada incita o signo à confrontação direta da vida, a não ser a profunda perda emocional.
...Ela é a água uterina de onde surge a criança, e a água inconsciente de onde surge a identidade individual; essa grande imagem da Mãe permanece como a mais poderosa força na vida de Câncer.
À semelhança do Caranguejo real, que precisa ficar perto da água e da terra, Câncer é compelido a se apoiar no mundo concreto, com um dos pés eternamente na água, para que ele mesmo, finalmente, possa tornar-se o ventre de onde nascerão os filhos do mar.


A quarta casa - Proteção e segurança


Estudar a mansão do retorno, metafisicamente, é entender o movimento espaço-temporalizado do ascendente, ocasião em que ocorre a neutralidade do ser, entre a expansão do ego e a contração da alma.  Ali, a eternidade do ego se torna relativa face à necessidade canceriana de externar o absoluto. Eis o conflito de Câncer, em princípio por ser uma expressão do reino inconsciente mas na realidade da terra.

O processo corporal ascendente acontece na terra, evolui e cristaliza a si próprio na terceira dimensão.  Na primeira casa, o tato, o paladar e a audição pertencem ao mundo sensível e primário do homem que se permitiu incorporar a alma.  Ele é, pois, tridimensionalizado e tais sentidos o farão evoluir para a visão e o olfato na segunda casa.  No entanto, entenda-se, bem da verdade, que a casa 1 e a casa 2 ocorrem simultaneamente.

A terceira casa intermedeia tal processo instalado e cristalizado como ascendente, de sorte que lhe acene a sociedade, ocasião em que todos os sentidos já despertados se mesclam aos antigos sentidos - conteúdos ou resíduos psíquicos,  reminiscentes arcaicos.  As três dimensões e os cincos sentidos espacialiazaram o ascendente que irá se temporalizar na quarta casa.

O primeiro momento de hesitação, dúvida, temor, insegurança está em Câncer, no Solsticio, na quarta casa, pois que a contemplação da vida e da morte encerram o segredo do arcano VII, o carro, o movimento, o tempo, o ciclo.


No arcano, a personalidade ascendente dirige seu corpo físico, emocional e mental e o movimento se faz em direção ao inconsciente (casa 12) através da transformação (casa 8).  O movimento do veículo indica que ainda a personalidade-alma está no escuro (fundo do céu) e que sua natural insegurança, face as trevas, está a exigir um pai e uma mãe, um guia (as rédeas).

O disco solar (inconsciente potencial) indica-lhe uma realização (casa 10) no entanto, é sua prova unir a personalidade (espaço) e a alma (tempo), mas isso se fará através do dialogo da Lua com o Sol, e isso se fará por tantos e tantos solsticios quantos necessários até que eu e meu pai sejamos um.

Se as três primeiras casas consagram os três primeiros reinos da natureza-mineral, vegetal e animal, a quarta casa exporá o reino humano como valor atual necessário da experiência de realização.

O atual está ligado ao antigo através da cúspide do fundo do céu.  O passado e o presente estão ali inter relacionados de tal forma que a cúspide revelará a raiz, a origem do que poderá ser feito na presente vida através da compreensão do que foi feito em vidas anteriores.  Eis porque o quarto espaço prescinde o tempo porque este, ao trazer a alma de tantas almas, subsidia a atual personalidade que se encontra num corpo de tantos corpos, relembrando ao homem que ele nada mais é senão uma molécula hereditária estelar.

Na quarta casa, existe a sombra, um processo emocional integrado na personalidade fazendo o nativo ter, permanentemente, o sentimento de incompletude.


O Sol na quarta casa, o nascimento a meia noite representa a presença primária da sombra emocional a por dificuldades e obstáculos na percepção do Sol.  Qualquer que seja a força poder que exista na segunda casa, o Sol da meia noite é pobre e indica dificuldade na primeira fase da vida.  Nesse caso o Sol é desvitalizado pela Lua principalmente se a Lua está acima do horizonte.  Se a Lua também estiver abaixo, não necessariamente na quarta casa, fará, com a força vital, o equilíbrio suficiente para manter a lógica da vida.

De qualquer maneira, o Sol na quarta  acentua o carma do tempo, ensejado que a primeira fase da vida biológica (29anos) pode fazer surgir dificuldades biopsíquicas até que o sol progredido vai revitalizando lentamente o corpo.  Benefícios e favorecimentos no final da vida.

A quarta casa mostra o momento de evolução da personalidade tentando se livrar dos grilhões da personalidade ascendente.  É o momento mais crucial do combate do filho do homem.  O inimigo é invisível, oculto, fechado, tenebroso, sinistro, cruel, arrogante, emocional.

Os planetas pessoais atuam como raízes dos traumas e complexos a nível individual (Édipo, Electra, Cinderela, etc) acentuando o medo ou memória da derrota, uma memória subconsciente de prévias quedas coletivas.

Mercúrio, como a Lua, instabilidade emocionalmente o nativo, tornando-o errático de difícil fixação.  Mercúrio, afligido com a lua, ali torna errática e neurótica a situação do nativo, agravado pela presença da mãe-segurança, e traz a experiência do desgosto.

Vênus, por sua relação harmônica com o mundo subjetivo, encontra força e apoio, e  certezas e heranças.

Marte na quarta casa , considerando que o sistema solar em sua fase emocional da quarta casa indica que a pessoa em outra encarnação foi excessivamente teórica, subjetiva, emocional e oculta, nesta fase ela vem marcada pela necessidade de ser prático, objetiva e clara.  No entanto a emoção persiste para que se resgate os carmas espacializados.

Os planetas maiores indicam, em linhas gerais, da possibilidade ou não da segurança.  Júpiter, harmônico é indicativo de êxito e bem estar.  No entanto, desarmônico, irritado e quebradiço, deve fazer o nativo sair logo do seu sítio, a fim de que as expectativas sociais mais no futuro revertam ao seu favor.  Saturno encontra ali sítio ideal para negócios em terra, minas, solo e agricultura.  Urano, irritado ou não, impõe a pessoa a saída, o mais rápido que puder, do sítio onde se encontra.  Existe ali o carma da grande mãe tornando o pai e a mãe como projeções de dificuldades, de sorte que, em algum momento, deserdam o nativo.  Netuno tem ambiente na quarta embora traga pobreza e desilusão.

Plutão presente na quarta, informa da compulsão que o nativo tem para o isolamento, a auto-iniciação, a transformação, a família coletiva, a realização no plano inconsciente coletivo, até mesmo com prejuízo da família.  Os que tem Plutão na quarta, assim como não compreendem a família, por ela não são compreendidos, a menos que trabalhem com segurança a sua anima individual.

Já o Nódulo lunar  propõe, coerentemente ao indivíduo, reforma e reorientação na vida, devendo pautá-la como prova, em dois sentidos: compreensão dos problemas familiares e capacidade de criar raízes com independência.  Assim, no setor profissional, melhor se faz atuar com trabalhos ou manifestações de serviço onde se estabelecem conexões com o inconsciente ou, sobretudo, poder coletivo.

Marte com Netuno na quarta casa pode dar crime.


Quando existe num mapa um retângulo formado pelos aspectos e duas oposições formando um X, isto tem o nome de Portal mágico.

 




Casa 4 ocorre a influência da família de origem. Atmosfera do lar e condicionamentos que recebemos deles.  A quarta casa mostra como terminamos as coisas.  Qualquer coisa (curso, relacionamento, viagem, etc).
Neste casa vemos o que há de mais profundo dentro da gente e que irá aflorar mais tarde na vida.

Sol com Vênus pode dar uma ótima esteticista.
Uma quadratura do Sol com a Lua prejudica a pessoa.

Lua com Sol = Lua nova
Oposição de Lua com Sol = Lua  minguante;
Sol é o racional / Lua é o emocional;

Escorpião na quarta casa (fundo do céu), tem angústia com o processo de transformação e acredita de que não poderá se unir a outra pessoa.



Sol na quarta casa, na primeira fase da vida, fica muito em casa.
Sol na décima casa se até os 35 anos não se estabelecer vai cai. Por ter sol na décima tudo será fácil para esta pessoa até os 35 anos na área do trabalho, mas se não se estabelecer em nada vai passar a ter dificuldade nesta área.
Sol na quarta vai trabalhar até os 35 anos para aí ganhar dinheiro no trabalho.

Câncer no meio do céu seu trabalho será com o público.
Câncer quer ser popular. Leão acha que é popular.

Casa IV - inseguro, emocional
Sol na casa V, a pessoa só vai querer prazer e brincadeira.