|
||||||||||||||||
Lakshmi era filha
do sábio Bhrigu e tomou refúgio no Oceano de Leite quando os Deuses foram
mandados para o exílio. Assim que os Deuses viram Lakshmi, todos se apaixonaram
com sua beleza. Shiva reclamouLakshmi como sua esposa, mas como ele já havia se
esposado com a Lua, sua mão foi dada a Vishnu a quem a própria Lakshmi
preferia.
Lakshmi sempre
renascia como sua consorte todas as vezes em que Vishnu reencarnava. Por
exemplo, Lakshmi foi Sita para Rama, Radha e mais tarde Rukmini para
Krishna. Lakshmi é muito amada por seu povo. Foi ela que deu a Indra, o
Rei dos Deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para
que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.
Lakshmi é a Deusa
da Luz, beleza, boa sorte e riqueza. Como consorte de Vishnu, o princípio
preservador, Lakshmi também significa amor e graça. Lakshmi normalmente
expressa sua devoção à Vishnu massageando seu pé enquanto ele se deita na
espiral da serpente Shesha. Enquanto Lakshmi é geralmente venerada para se obter
sucesso, ela não reside por muito tempo com qualquer um que seja preguiçoso ou
que a deseja somente por riqueza.
A Deusa Lakshmi
significa "boa sorte" para os hindus. A palavra "Lakhsmi" é
derivada da palavra "Laksya" do sânscrito, significando o
"alvo", o "objetivo".
UM POUCO DE
HISTÓRIA...
A mitologia dos
Deuses hindus é uma das mais ricas do mundo. A natureza complexa dos Grandes
Deuses como Brahma, o Criador, Vishnu, o Protetor, e Shiva, o Destruidor e suas
consortes, está representada em muitos mitos cheios de ação, aventura e
romance. Esses mitos materializam o espírito sutil e generoso do próprio
hinduísmo.
Existem grande
quantidade de textos hindus que elogiam os Deuses,e alguns deles, como o Rig
Veda, são muito extensos.
A Índia é um país
muito grande, com uma vasta população de mais de um bilhão de pessoas, onde se
fala 745 línguas distintas. Em torno de 80 por cento de sua população é hindu.
O hinduísmo como religião parece ter suas primeiras raízes na civilização do
vale Hindus (2500 a 1500 a. C.), que já adorava Shiva, o Deus da Criação e
Destruição, e Devi, a Grande Deusa. Esses Grandes Deuses logo se fusionaram com
os Deuses Vedas dos ários, que invadiram a índia em torno de 1200 a. C.
Os primeiros mitos
hindus foram escritos em textos religiosos como o Rig Veda em torno de 1200 a.
C., e as histórias continuaram desenvolvendo-se durante 2000 anos.
A crença da
reencarnação está presente na concepção do hinduísmo. Cada ser vivo possui uma
alma que experimenta o que denomina de "samsara", ciclo que ocorre
através de muitas formas corporais. O samsara dita um ritmo de nascimentos e
mortes que podem repetir-se de forma indefinida. A lei do "karma" (em
sânscrito "feito") dita os feitos de uma vida e determinam o caráter
da próxima. Uma vida de honra aos Deuses, poderá ser recompensada na próxima
reencarnação. Assim como o homem se conduz, assim será conduzido: aquele que
sempre fizer o bem, não precisa ter medo do mal, pois através de suas boas
obras poderá se converter em um homem santo.
O hinduismo dá
maior ênfase a riqueza espiritual do que a material.
LUGARES SAGRADOS
A Índia está cheia
de lugares sagrados chamados "tirthas", que significam "lugares
onde vadeia um rio". Os hindus crêem que os rios levam poderes sagrados à
terra e o mais importante desses rios é o Ganges, que nasce no Himalaia e
atravessa de um extremo ao outro do norte da Índia para desembocar na baía de
Bengala. Existem muitos lugares santos ao longo dos 25-7 Km do Ganges, dos
quais o mais importante é Varanasi, a cidade de Shiva, onde seus fiéis vão
banhar-se no rio.
Os hindus dizem que
banhar-se no Ganges é como estar no céu. Por isso, muitos são os peregrinos que
se reúnem lavarem-se em suas águas, que se compara com amrita, o elixir da
vida.
-*-
NASCIMENTO DE
LAKSHMI
Como todas as
Deusas no panteão Hindu, Lakshmi tem muitas histórias sobre sua origem. Uma
delas conta, que o Rei dos Reis, Indra, um certo dia, perdeu seus poderes
e envelheceu. Um sábio nomeou um Deva menor para ir até Brahma em busca de uma
solução. Entretanto,esse último o conduziu até Mahavishnu (avatar de Vishnu)
para um melhor aconselhamento. Vishnu sorriu ao ouvir o problema dos Devas
(Deuses Menores) e deu-lhes uma solução. Disse que deveriam agitar o poderoso
oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a
força.
Mas tal feito não
era nada fácil. Como chocalhar o oceano? Usando a montanha Mandara e a serpente
Vasuki. Os Devas então foram providenciar tudo. Mas a montanha Mandara
necessitava de uma base para puxá-la. Então Vishnu transformou-se em uma
tartaruga poderosa e serviu de base para a montanha. Colocaram ainda, a
serpente Vasuki em torno da montanha para protegê-la.
Os demônios
acordados com tanta agitação, também quiseram compartilhar o elixir. Os Devas,
como sabiam que não conseguiriam realizar a tarefa sozinhos, aceitaram a ajuda
dos Asuras (demônios).
Agitaram tanto o
oceano até que seus braços se feriram e receberam então, quatorze presentes
preciosos para à humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir. Sentada
sobre um lótus,era extremamente bela e encantou a todos. Os elefantes do céu
derramavam gotas de água para refrescá-la. De acordo com a mitologia hindu, a
terra inteira é mantida por quatro elefantes chamados Dik-gaj, onde
"dik" significa o sentido e "gaj", o elefante.
Lakshmi trouxe
consigo o elixir, que faria reviver a força dos Deuses. Escolheu então, para
ser seu consorte, Vishnu. Vishnu carregou Lakshmi do oceano até o céu e cada
vez que ele desce na terra como um avatar, é acompanhado por um avatar de
Lakshmi.
A VIDA DE RAMA
(VISHNU) E SITA (LAKSHMI)
Quando Vishnu
atravessou suas reencarnações, Lakhmi reencarnava com ele. Quando Vishnu se
tornou Rama, Lakhmi tornou-se Sita. Quando ele virou Krishna, ela passou a ser
Radha, a menina-vaca. Tais encarnações são chamadas de avatares.Calque será o
nome do décimo avatar, no qual Vishnu aparecerá no fim da época presente no
mundo, para destruir todos os vícios e malvadezas e restituir à humanidade a
virtude e pureza.
O herói mais
importante da mitologia hindu é o príncipe Rama. A história da busca de sua
esposa Sita, que foi raptada pelo demônio Ravana, se conta por toda a Índia.
Foi escrito pela primeira vez na épica sânscrita de 50000 linhas, o Ramayana
(200 aC. - 200 d. C.).
No reino Ayodhya
(hoje norte da Índia) há milhares de anos atrás, vivia um rei chamado
Dasaratha, o qual estava casado com três esposas (algo habitual entre os reis)
chamadas Kaushalya, Kaikeyi e Sumitra. Nenhuma das três havia podido lhe dar
filhos. Desaratha aconselhado pelos sacerdotes brahmanas, organizou um grande
sacrifício de fogo para conseguir um filho. Durante o sacrifício surgiu um ser
místico que lhe entregou um tigela com arroz (se tratava de um alimento
santificado) para suas esposas comerem. A Kaushalya por ser a mais importante
das rainhas, comeu a metade do arroz,e dividiu o que restou entre as outras
duas. Com o passar do tempo, Kaushaya deu à luz a um filho chamado Rama,
Kaikeyi teve Bharata e de Sumitra nasceram os filhos chamados Lakshmana e
Shatrughana.
Rama tinha
uma metade da divindade de Vishnu e seus irmãos compartem o resto. Os irmãos
cresceram desconhecendo sua origem divina. Os hindus adoram Rama como uma
encarnação do Deus Vishnu.
Rama apaixonou-se
por Sita, a filha do rei Janaka de Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa
de Vishnu, Lakshmi.
Devido a um
incidente na corte, Rama, Lakshmana e Sita foram viver tranqüilamente no
bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana seqüestrar a Sita, que gritou a todas
as árvores do bosque para dizerem a Rama que estava sendo levada contra sua
vontade. Também tirou suas jóias e seu véu de ouro a cinco macacos e Hanumen,
seu general. Então o sábio Agastya o aconselhou a adorar o sol, a fonte da
vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma carruagem e um cocheiro do Deus
do Céu, Indra. Logo Rama foi atrás de Ravana e de seus exército de rakshashas
demoníacos, que estava cheio de guerreiros ferozes com nomes como
Morte-aos-homens.
Rama juntou seu
exército composto de macacos e ursos e atacou o demônio, depois de haver
cruzado a ponte das pedras flutuantes sobre o oceano. Após diversas batalhas,
Ravana, o demônio de dez cabeças foi morto pelas flechas de Rama, e Sita foi
finalmente libertada. Rama junto de sua esposa Sita, e seu irmão Lakshmana
acompanhados de devotos, regressaram a Ayodhya, depois de haverem passado 14
anos em exílio.
Quando os
habitantes de Ayodhya escutaram a notícia da chegada do rei amado, se vestiram
com as melhores roupas e as mulheres se maquiaram e vestiram suas preciosas
jóias. Justo aquele dia era de lua nova, tudo estava muito escuro, assim para
iluminar o caminho do rei Rama, foram colocadas numerosas lamparinas de azeite
por todo o trajeto, assim como no palácio e em todas as casas do reino. A
palavra Diwalli significa literalmente "fileira de luzes", e foi
assim, portanto, que se originou essa festa ancestral que se celebra em toda a
Índia e em todo mundo onde vivem os hindus.
A história de Rama
e Sita é muito difundida muito além da Índia. É popular na Indonésia, na
Malásia e na Tailândia.
O casal Vishnu e
Lakshmi regem o sentimento erótico, além de governar o elemento água. A
mitologia hindu revela que desta união nasceu Kama, o Deus do amor. Kama é
extremamente belo, retratado como um lindo pássaro. Em algumas ocasiões, é
reverenciado durante o ato de amor.
O tema principal do
Ramayna é a eterna luta do bem contra o mal, da luz contra a escuridão e das
conseqüências dos nossos atos passados. Em Ramayana nos encontramos com o
sacrifício da liberdade em nome do dever e da honra. Assim, como nos ensina que
o amor, demanda um serviço,pois ele transcende qualquer status social. Rama não
vive sem sua Sita, por isso, os grandes mestres espirituais sabem, que nunca
deve-se adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua consorte, ou seja, junto com
sua energia feminina.
Lakshmi é
considerada como modelo da esposa hindu, unida em completa harmonia com o
marido e sua família.
Sempre que
invocarmos Lakshmi, devemos nos recordar que ela não é só a Deusa da Fortuna
material, mas sim também da espiritual que é a que realmente perdura e sobre
tudo, não devemos esquecer que Lakshmi é ainda, uma Deusa do Amor.
REENCARNAÇÕES DA
DEUSA
A Deusa-Mãe Lakshmi
é consultada pela população hindu, buscando algum tipo de riqueza. Há oito
modalidades de se adorar Lakshmi, levando em conta o resultado desejado. A
imagem abaixo também ilustra as oito reencarnações da Deusa Lakshmi:
OS BENEFÍCIOS DA
ADORAÇÃO:
Cada um dos
aspectos ou reencarnações acima, são chamados de"vrata". Por exemplo,
para alcançar a vitória na guerra ou em batalhas legais, deve-se ativar o vrata
Vijaya-lakshmi. Para a saúde, o vrata de Veera-lakshmi da coragem e do poder
deve ser ativado. Para que a casa ou comércio seja próspero o vrata indicado é
o Dhanya-lakshmi. E assim por diante...
Todos que
empreendem a busca de um vrata da Deusa Lakshmi com fé e sinceridade,
conseguirão o que desejam.
ADORAÇÃO DO VRATA
Para as mulheres é
importante a conexão com a Deusa Lakshmi, pois ela traz muita prosperidade para
toda a família. A mulher hindu tradicional preza muito pela conservação de um
lar saudável e próspero. Conseqüentemente, as mulheres pedem a ajuda de Lakshmi
para assegurar essa harmonia, especialmente porque ela é considerada como
modelo de esposa perfeita. O relacionamento de Lakhsmi e Vishnu ilustra esse
aspecto.
Qualquer ritual
deve ser realizado em uma sexta-feira que coincida com os dias 11 ou 21 do mês.
Não deve-se comer carne nesse dia.
Sempre que o
puja(ritual de adoração) é realizado, ele compreende três componentes
importantes: ter uma imagem ou ilustração da Deusa; o ato do puja, ou adoração
que inclui moedas,flores, frutas e alimentos que devem ser lhe oferecidos e no
final os alimentos são abençoados e devem ser consumidos.
Executando-se essas
três etapas cria-se um relacionamento emocional direto com a Deusa.
Você pode criar em
sua casa um pequeno altar para adorar Lakshmi e pedir prosperidade e riqueza
para sua vida. É só achar um cantinho ou uma mesinha vazia, cobri-la com uma
toalha amarela e colocar a imagem ou uma fotografia da Deusa. Coloque então uma
vasilha com água pura, duas lamparinas à óleo ou velas vermelhas, incenso
indiano, moedas, uma bandeja com 5 variedades de frutas da época, um vaso com
rosas vermelhas, pasta perfumada da madeira de sândalo, e Panchaamrutam, que é
uma mistura de mel, manteiga purificada (ghee), coalhada, leite e açúcar. Pode
ser substituído por um doce de ambrosia, que é mais conhecido por todos nós.
Coloque um som ambiental com músicas indianas.
Depois que o altar
estiver pronto sente-se em uma cadeira ou na posição de lótus no chão e feche
os olhos. Agora imagina-se flutuando em um rio em cima de uma flor de lótus
vermelha gigante. Ao seu lado estará Lakshmi, linda em seu sari vermelho todo
bordado de dourado. Converse com ela e diga que você lhe trouxe muitos
presentes para serem trocados por sua abençoada sabedoria. Deixe que o fluxo de
sua imaginação carregue você, escute as palavras da Deusa e aqueça-se com sua
abundância.
Quando quiser
voltar é só se despedir da Deusa, respirar três vezes profundamente e abrir os
olhos.
Seja Bem-Vinda!
DEUSA DO AMOR, DA
BELEZA E DA PROSPERIDADE
Lakshmi é uma Deusa
do amor e da beleza, da sorte, da prosperidade e do sucesso. No hindu moderno é
representada como uma jovem de longos cabelos negros brilhantes e soltos,
vestindo um sari (vestido típico das mulheres da Índia) vermelho com bordados
dourados e usando diversas jóias como: colares, braceletes, pingentes e um aro
no nariz com incrustações. Em sua cabeça ostenta uma coroa (Mitra) que
representa o Monte Meru, a "Morada dos Deuses", que se vê circundada
por um aro de luz que simboliza a Luz Solar. Em suas diferentes representações,
pode mostrar-se com uma tez escura, ressaltando seu caráter de consorte de
Vishnu; quando sua tez é da cor dourada, simboliza fonte de riqueza; se é
branca, é a forma mais pura de Prakriti (da natureza); se a tez é rosada, se
mostra como a Mãe de todas as criaturas.
Apesar dela
aparecer em inúmeras ilustrações com quatro braços, é normalmente representada
apenas com dois, segurando uma flor de lótus, ou sentada sobre ela com um
cântaro que jorra moedas de ouro e flanqueada por dois elefantes. Normalmente
nos templos da Índia, Lakhshmi está em pé ao lado de seu consorte, o Deus
Vishnu, o segundo membro da trimurti hindu. A Trimurti ("tripla
estátua"), ou trindade, da divindade hindu consiste de: Brahma, Vishnu e
Shiva.
Quando é
representada por quatro braços, os dois posteriores carregam flores de lótus
(conhecimento desenvolvido); os braços anteriores mostram suas mãos doadoras de
pepitas de ouro ou gemas, símbolos da fortuna que entrega aos homens: ouro e a
gema do conhecimento. As quatro mãos significam os quatro fins da vida humana:
dharma (atos de justiça e dever), kama (prazeres sensuais), artha (riqueza) e
moksha (libertação espiritual final). As mãos da frente representam a atividade
de mundo físico e as detrás, indicam as atividades espirituais que conduzem à
perfeição espiritual.
A posição das mãos:
em Abhaya até Mudrá ou postura de Proteção no caminho da devoção, e em Varada
até Mudra ou Doadora de dons.
O assento de lótus,
onde a Deusa se posiciona em cima, significa dizer que devemos apreciar a
riqueza, mas não devemos nos tornar obsessivos por ela. Nossa vida deve ser
análoga a um lótus, que cresce na água, mas não é molhada por ela. Os lótus,
quando mostrados em vários estágios de florescimento, representam os mundos e
os seres em vários estágios de evolução. A flor de lótus sustentada pela mão
direita posterior nos dá a idéia de que devemos executar todos os nossos
deveres de acordo com o dharma. Isso nos conduzirá ao moksha (libertação
espiritual final) que está simbolizado por um lótus na mão esquerda posterior.
As moedas de ouro
que caem na terra da mão anterior de Lakshmi ilustram o seu poder de doar
riqueza e prosperidade para seus devotos. Os dois elefantes ao fundo simbolizam
o nome e a fama associados a riqueza temporal. A idéia passada é que o devoto
que obtiver a graça da riqueza não é tão somente para adquirir nome e fama ou
para satisfazer seu próprio desejo material, mas deve compartilhar com o outro
a fim de também propiciar-lhe felicidade. As trompas dos elefantes que
sustentam cânforas das quais jorram água, representam as águas do Sagrado
Ganges ou também o Amrita obtido através do "Batimento ou
Agitamento" do oceano do qual Lakshmi surgiu esplendorosa, com uma beleza
sem par.
Muitas vezes Lakshmi
é mostrada portando uma cânfora com Amrita (elixir da imortalidade do
espírito), coberta de Kusa (erva ritualística).
Como Deusa da
prosperidade Lakshmi, é chamada também como Dharidranashini (a que destrói
toda a pobreza) e Dharidradvamshini (àquela que se opõe a pobreza).
As vezes, se faz
referência a ambos (Lakshmi-Vishnu) pelo nome Lakshmi-Narayan, sendo Narayan
outro nome de Vishnu.
Outros nomes que
são dados para Lakshmi incluem Hira (jóia), Indira (A Poderosa) e Lokamata (A
Mãe do Mundo). Entretanto, é chamada também de Chanchala que significa
"volúvel", ou aquela que não fica em um lugar por muito tempo. Isso
significa que a fortuna e a riqueza não permanecem por tempo prolongado nas
mãos de qualquer um. Somente aqueles que são merecedores do respeito da Deusa
terão esse privilégio. Portanto, não devemos somente adorá-la, mas também não
devemos desperdiçar dinheiro em artigos ou projetos desnecessários.
A DEUSA E A CORUJA
Em algumas pinturas
(ou desenhos) Lakshmi aparece voando montada em uma coruja. A coruja é
a representação simbólica do Rei dos Reis, chamado de "Uluka" quando
aparece nessa forma, personificando a riqueza, o poder e a glória. Sendo assim,
Lakshmi, como uma Deusa da Fortuna, não poderia ter encontrado alguém melhor
para lhe servir de montaria.
Essa associação do
Deus Indra a um pássaro que é parcialmente cego à luz do dia adverte sobre
a procura secular da riqueza espiritual. Lakshmi associada ao
Indra-coruja torna-se Mestra da sabedoria espiritual que dá todo o suporte para
a riqueza material. Outra interpretação seria de que os olhos jamais se fecham
para à luz da sabedoria ou para o sol do conhecimento. Toda Deusa-Mãe mantêm a
ignorância sob o seu controle.
FESTIVAL DIWALLI
O festival de luzes
de Lakshmi se chama Diwalli (25 outubro), que homenageia essa Deusa como a
esposa de Vishnu. Nessa noite, as esposas hindus dançam particularmente para
seus maridos. Lanternas de óleo são acesas por toda parte e pratos típicos são
servidos. Esse é o Natal hindu, um período de boa sorte e prosperidade. Essa
festa tem duração de uma semana.
Um dos costumes
associados com o Diwalli é o jogo, especialmente ao Norte da índia. Se diz que
nesse dia a Deusa Parvati jogou os dados com seu marido Shiva e declarou que
quem jogasse na noite de Diwalli, prosperaria durante todo o ano seguinte.
Ainda hoje, os hindus conservam a tradição do jogo de cartas.
Diwalli é de grande
importância para a comunidade dos negócios. As casas e locais de trabalho se
renovam e se decoram. As entradas se adoram com lindos motivos tradicionais de
desenhos Rangoli para receber a Deusa da riqueza e da prosperidade. Para indicar
sua tão esperada chegad se desenha por toda a casa pequenas pisadas com farinha
de arroz. As lamparinas e velas devem ser mantidas acesas por toda a noite. As
mulheres compram algo de ouro ou de prata, ou algum utensílio novo para ser
usado nessa noite.
Ao entardecer,
quando se acendem as velas e lâmpadas de azeite, se venera a Deusa entoando
canções de devoção e lhe é oferecido também, doces tradicionais.
Os hindus devotos,
crêem que Lakshmi atrai a boa sorte e a prosperidade. Se uma mulher é alegre e
trabalhadora, se é boa cozinheira, ama a casa e os filhos, e se seu marido
prospera, então seus amigos dizem:
-"Tua mulher é
uma verdadeira Lakshmi", ou seja, a mulher atrai a boa sorte. Normalmente
a mulher casada, particularmente a mulher jovem casada e com filhos, é
considerada portadora de boa sorte, pois apresenta aspectos da Deusa Lakshmi,
ou seja, o arquétipo ativo da Deusa.
DEUSA DA ECONOMIA
Lakshmi representa
a prosperidade mundana, é a abundância e riqueza, em particular nos aspectos
domésticos. Ela é uma Deusa da Economia em geral e é muito popular entre
empresários e comerciantes, os quais a adoram todos os dias antes de abrirem
seus negócios.
Em Nova Deli há um
famoso e colossal templo de Lakshmi-Narayan. Foi construído por um
multimilionário hindu moderno, um dos mais ricos da Índia em agradecimento a
riqueza que já conseguiu.
Mas, segundo os
grandes Yoguis, se não estivemos afiançados com a pureza interior, não
poderemos desfrutar do dom de Lakshmi que representa: o tesouro espiritual da
iluminação. Por isso, são usadas muitas lanternas em suas festas, pois só a luz
dissipa a obscuridade da ignorância, só a luz ilumina o caminho até a
auto-realização, que é a maior fortuna que podemos aspirar: a paz interior.
|
A astrologia aparece desde os primeiros registros do aprendizado dos seres humanos. Ela pode ser considerada a "mãe de todas as ciências" (como já foi chamada), por ser um método para construir de uma maneira coerente, um quadro de referências para todos os tipos de atividades que os seres humanos defrontam em suas vidas, dia após dia.. O estudo da astrologia nasceu com a necessidade de ordem que há em todos os homens.
terça-feira, 4 de junho de 2013
DEUSA LAKHSMI
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Namastê!