A deusa Ísis é uma das
principais divindades da mitologia egípcia, embora seu culto
transcenda as fronteiras do Egito e se estenda por todo o universo
greco-romano, chegando inclusive às terras nas quais atualmente se localiza a
Alemanha. Sua veneração parece remontar a pouco tempo após 2500 a.C., à V
dinastia egípcia.
Ela é a primogênita do deus da Terra, Geb, e da
divindade que rege o Cosmos, Nut. Seu irmão Osíris se torna seu marido, com o qual
ela concebe Hórus, deus do firmamento, inebriado de energia solar. O outro
irmão, Seth, responsável pelos desertos, se
transforma no principal inimigo do casal.
Seth
invejava profundamente a sorte de Osíris, que tinha como missão governar a
terra, mais especificamente o Egito, e assim teve a oportunidade de transmitir
aos homens conhecimentos preciosos sobre agricultura e o trato com os animais.
Segundo a mitologia egípcia, Osíris é traído por Seth, morto e esquartejado por
esta divindade que é associada à essência do mal.
Ísis,
desesperada, consegue reunir todos os membros do marido, com exceção do genital
masculino, trocado por um órgão de ouro. Ela o ressuscita graças aos seus dotes
mágicos e ao seu poder da cura. Logo depois eles concebem Hórus, que vai à
revanche matando Seth.
Ísis
é exatamente assim, zelosa com todos, sejam escravos ou nobres, pecadores ou
santos, governantes ou governados, homens ou mulheres. Ela olha por todos com o
mesmo empenho protetor, a mesma solicitude, exercitando assim sua natureza
radicalmente maternal e fértil.
Por
muito tempo esta deusa foi venerada como a representação maior da essência
materna e da esposa perfeita, além de velar também pelo reino natural,
portanto, por todas as dimensões da existência. Ela era vista igualmente como
um símbolo do que há de mais singelo, dos que morrem e daqueles que nascem. Uma
mitologia tardia atribui às cheias do Rio Nilo, que ocorriam uma vez por ano,
as lágrimas derramadas por Ísis pela perda de seu amado.
Ano
após ano a morte e a ressurreição de Osíris foram relembradas em diversos
rituais; no Egito preserva-se uma festa denominada a Noite da Lágrima. Ela
ocorre em junho, portanto é conhecida como Festival Junino de Lelat-al-Nuktah.
Nesta tradição, mantida pelo povo árabe, revive-se
o enlace de Geb e Nut, ou seja, da Terra e do Firmamento, e o surgimento de sua
descendência, que inclui Ísis e Osíris, além de seus irmãos, que assim
totalizam nove deuses, a famosa Enéada, que teve seu princípio com a Divindade
criadora originária.
Juntos,
Ísis e Osíris simbolizavam a realeza do Egito. Ela representava o trono no qual
despontava o poder real do marido. O culto desta deusa foi de grande
importância na Antiguidade, especialmente no Império Romano, no qual ela obteve
muitos discípulos. Hoje a arqueologia comprova este fato, e é possível
encontrar vestígios de templos e monumentos piramidais em todas as partes de
Roma.
Na
Grécia este ritual atingiu antigos espaços sagrados em Delos, Delfos e Elêusis,
e se desenvolveu particularmente em Atenas. Seus discípulos se espalharam
também pelos territórios gauleses, na Espanha, na Arábia Saudita, em Portugal,
na Irlanda e na própria Grã-Bretanha.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Horus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Osíris
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaisis.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ísis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Horus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Osíris
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaisis.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ísis
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